Inquérito sobre as competências linguísticas dos europeus
Os serviços de inquéritos e análises da Comissão Europeia, responsáveis pelo Eurobarómetro, levou a cabo dois projectos de investigação sobre as competências linguísticas dos cidadãos europeus e as respectivas atitudes perante as línguas.
Os inquéritos foram efectuados em 2001 e 2006, ou seja, com um intervalo suficiente para permitir a comparação de eventuais alterações de atitude. Contudo, devido ao alargamento da UE, o âmbito de aplicação do segundo inquérito foi mais amplo do que o do primeiro. O inquérito de 2006 incluiu os dez países que aderiram à UE em 2004, bem como a Bulgária, a Croácia, a Roménia e a Turquia.
A maioria dos europeus fala línguas estrangeiras
Os resultados dos inquéritos são muito interessantes. Em 2001, 53% dos inquiridos afirmavam que falavam uma língua para além da língua materna. Em 2006, este número subiu para 56%. Os campeões do multilinguismo na UE são os luxemburgueses, dos quais 99% sabem pelo menos uma língua estrangeira, seguidos pelos eslovacos (97%) e pelos letões (95%).
Em 2006, 28% dos inquiridos falavam duas línguas estrangeiras (26% em 2001). As segundas línguas mais populares são o inglês, o francês e o alemão, seguidas do espanhol e do russo.
Em geral, os inquéritos revelaram que os Estados-Membros mais pequenos, com várias línguas oficiais, possuíam os maiores níveis de multilinguismo. O mesmo se verifica em relação a países com línguas nacionais menos divulgadas e com "intercâmbio linguístico" com países vizinhos. Em 2006, apenas seis dos Estados-Membros tinham uma maioria de monolinguistas: Irlanda (66% das pessoas não sabem nenhuma outra língua para além da língua materna), Reino Unido (62%), Itália (59%), Hungria (58%), Portugal (58%) e Espanha (56%).
Só uma minoria de europeus considera que a aprendizagem de línguas não é importante: 8% em 2006, embora este número represente um ligeiro aumento em relação aos 7% de 2001.